Por: Dr. Conrado Bissoli em 05/01/2021 | Medicina Neurologia
Dor de cabeça, denominada de Cefaleia entre os médicos, é um sintoma muito frequente na população geral. Mas, quando deveríamos nos preocupar? Quando e com quem devemos procurar avaliação especializada?
Conversamos sobre o assunto com o médico neurologista Dr. Conrado Bissoli, graduado e especializado no Hospital das Clínicas da USP em São Paulo, que nos orientou com precisão:
Revista IMED (RI): Muitas pessoas convivem com dor de cabeça, ou têm esse problema com uma frequência alta. Isso é considerado normal?
Dr. Conrado Bissoli: A dor de cabeça, apesar de ser comum (90% da população apresenta ou vai apresentar) não é normal.
(RI): Diante deste problema frequente muitas pessoas acabam subestimando e se automedicam. Quais os riscos?
Dr. Conrado: Automedicação é um problema mundial e também muito frequente no Brasil. Além dos custos desnecessários com medicamentos, a pessoa poderá ter problemas com efeitos colaterais e o risco de cronificar sua dor de cabeça, ou seja, ter dores cada vez mais frequentes.
(RI): Como a dor de cabeça não é normal e as pessoas não deveriam se automedicar, quando devemos procurar um médico? Existem sinais de alerta?
Dr. Conrado: Podemos citar alguns sinais de alerta que indicam a necessidade de avaliação por um especialista, um neurologista:
• Dor súbita e de forte intensidade, atingindo intensidade máxima em menos de 5 minutos;
• Dor de início recente, ou seja, uma nova dor ou dor de cabeça diferente com menos de um ano de início;
• Dor que tem frequência semanal, neste caso com risco de cronificar (se acostumar com a dor).
(RI): Quais os tipos e os tratamentos para a dor de cabeça?
Dr. Conrado: Existem mais de 100 tipos de causas de dor de cabeça. O especialista da área neurológica está apto para diagnosticar a causa e realizar o seu devido tratamento.