Por: Dra. Maria Eduarda Debiazzi Bombardelli em 05/01/2021 | Medicina Ginecologia e Obstetrícia
Esta é uma pergunta frequente na cabeça dos pais de meninas e das adolescentes. Se na infância, elas são acompanhadas com frequência pelo pediatra, a ida ao ginecologista geralmente é rodeada de dúvidas e receios. O início do acompanhamento ginecológico ainda carrega uma carga cultural que, por vezes, dificulta uma situação que pode e deve ser natural. A ginecologista dra. Maria Eduarda Debiazzi Bombardelli revela que é preciso esclarecimentos e orientações para tranquilizar todos os envolvidos nesta fase.
A especialista explica que na infância, caso necessário, o pediatra recomendará acompanhamento ginecológico. Mas, de maneira geral as consultas devem iniciar na puberdade. “A adolescência traz dúvidas e inseguranças para a paciente e os pais, principalmente os de primeira viagem, que são debatidas e esclarecidas nas consultas”, revela.
A dra. salienta que este momento realmente altera até mesmo as relações. “Devido às alterações hormonais, corporais e ao conflito de gerações pode haver também dificuldade de comunicação entre pais e filhas, gerando angústia e inseguranças de ambas as partes. Mas, profissionais adequados auxiliarão a paciente e a família no entendimento das mudanças nesta fase”, completa.
A médica orienta que além da indicação da consulta nesta fase da vida da menina, é indicado que um profissional seja procurado antes da primeira relação sexual. “Geralmente também ocorre na adolescência. Em todos os casos são esclarecidas as dúvidas e fornecidas orientações”, salienta.
Exame
Uma das dúvidas das jovens e famílias sobre as primeiras consultas ao ginecologista é sobre a realização de exame físico. “Ele é feito - sempre com consentimento da paciente-quando são necessárias avaliações do desenvolvimento. A avaliação com ginecologista também se faz necessária quando há surgimento das alterações da puberdade (pelos escuros, mama e a primeira menstruação) muito cedo, antes dos oito anos de idade, ou quando ainda não surgiram aos 14 anos”, esclarece.
De maneira geral, essas dúvidas e angústias são normais nessa fase da vida das meninas e, consequentemente, dos pais. O importante é ter o acompanhamento de um profissional habilitado e com um olhar apurado para auxiliar nas mediações e garantir informações e cuidados para a saúde e bem estar das jovens.