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Varizes: o que há de mais moderno na saúde vascular
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Varizes: o que há de mais moderno na saúde vascular

Por: Dra. Marianne Andretta Ramos em 05/01/2021 | ícone Tag  Medicina Vascular

As varizes são antigas conhecidas de boa parte da população. Estima-se que cerca de 20% das pessoas têm este problema. Ou seja, provavelmente 40 milhões de brasileiros e brasileiras estão com as pernas cheias de veias varicosas.
Varizes são veias tortuosas, maiores do que 3 mm e que estão com suas válvulas internas danificadas. “Temos dentro das veias, válvulas que ajudam a impulsionar o sangue de volta para o coração, quando este mecanismo perde sua integridade, o sangue acumula mais  nas pernas devido à gravidade, e assim, entramos em um ciclo: quanto mais dano nas válvulas, mais sangue acumulado, mais dilatada as veias”, explica a cirurgiã vascular dra. Marianne Andretta Ramos.

Após ler isso você deve estar se perguntando, por que as válvulas ficam doentes, ou ainda, por que eu tenho varizes? 
A especialista garante que essa pergunta não é fácil de ser respondida. “O que se sabe é que existem várias causas, mas a principal delas é a genética. Filhos de pai e mãe com varizes têm 90% de chance de ter também o problema”, observa.
Embora nem sempre causem sintomas, as varizes sempre alteram em algum grau a estética das pernas e justamente quem mais se preocupa com a beleza das pernas é quem mais tem que conviver com elas, as mulheres. O fator de risco envolvido neste caso é também o hormonal, acentuado muitas vezes pelas gestações.
Até agora falamos de situações sobre as quais não podemos interferir, mas há prevenção? “Podemos atuar justamente nos fatores que driblam a gravidade, ou seja, que ajudam o sangue no seu retorno ao coração. Como por exemplo, a prática de atividade física com fortalecimento de panturrilha, evitar longos períodos sentado ou em pé, utilização de meias- elásticas”, responde.

Avanços

Mas se você já tem varizes, é bom saber que os tratamentos da doença avançaram muito. “Vale lembrar que as varizes não têm cura, tem controle. As que são tratadas não voltam, mas podem surgir outras”, adianta a especialista.

As safenas

Dra. Marianne afirma que quando as safenas estão doentes é preciso tratá-las para não piorar novamente as varizes. “Neste caso é possível retirar a veia toda (safenectomia) ou queimar a veia por dentro com laser ou radiofrequência. Os dois métodos são igualmente bons e tem suas vantagens e desvantagens”, orienta.
Se as safenas estão normais, mas existem algumas varizes, o tratamento pode ser realizado com escleroterapia com espuma ou ClaCs (laser + escleroterapia) ou microcirurgia. A escolha entre os métodos dependerá do diâmetro das veias e da sua profundidade. “Sem operar dá para fechar a veia safena e as veias colaterais através da injeção de espuma de polidocanol também”, completa. 
Para todos os casos, o acompanhamento das varizes deve ser realizado regularmente por um cirurgião vascular. “Hoje existem muitos tratamentos disponíveis, que aliados à boa relação médico-paciente garantem os melhores resultados”, reforça a especialista.

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