Por: Dra. Gabrielle Almeida Garcia em 05/01/2021 | Medicina Hematologia e Hemoterapia
Se você é uma daquelas pessoas que, mesmo não entendendo nada, não resiste e abre seu exame de sangue para dar aquela olhadinha e comparar os indicadores, nós vamos te ajudar.
Um importante item que você já deve ter notado e pode ficar de olho a partir de agora e, claro, procurar um médico para a avaliação do seu exame, é a ferritina. A hematologista e hemoterapeuta dra. Gabrielle Almeida Garcia explica o que é; quais os níveis normais e possíveis alterações que seu hemograma pode indicar. “A ferritina é uma proteína de armazenamento celular do ferro. Encontrada em vários órgãos e tecidos, mas principalmente no fígado e no baço, representa os estoques de ferro no organismo”, detalha ao completar que é essa proteína que garante proteção contra efeitos tóxicos do excesso de ferro.
A sua medição é utilizada porque a ferritina caracteriza-se como um marcador de fase aguda e um prognóstico de doenças como anemia por deficiência de ferro, hemocromatose hereditária, entre outras.
Mas preste atenção antes de tirar conclusões precipitadas: os níveis considerados normais desta proteína, segundo a especialista, variam com a idade e o sexo, além de algumas variações entre laboratórios. “Em geral é considerado normal os valores de ferritina entre 15 a 300 μg/L”, aponta.
Alteração
Se no seu exame os níveis estão abaixo ou acima dos valores de referência é preciso apresentar imediatamente o resultado ao médico. “Os níveis baixos de ferritina refletem um baixo estoque de ferro e se não normalizados podem evoluir para anemia ferropriva”, informa dra. Gabrielle.
Já os níveis elevados de ferritina são encontrados em diversas situações clínicas, como desordens hepáticas, condições inflamatórias, doenças autoimunes, quadros infecciosos, consumo de bebida alcóolica, obesidade, em algumas neoplasias, sobrecarga de ferro, entre outras.
Os dados do exame funcionam apenas como um indicador, pois diante de tantas causas possíveis, os tratamentos dependem de um diagnóstico preciso. Fique de olho, mas consulte um hematologista de sua confiança, que irá investigar e indicar o tratamento mais adequado para cada paciente. “Em casos de deficiência de ferro, além da reposição deve-se identificar e tratar a causa da perda de ferro. Quando há hiperferritinemia é fundamental que se investigue a causa para então realizar o tratamento mais adequado. É importante